No salão ou no sofá…
Desde logo pode optar por se deslocar a um dos tais salões, numa das nossas freguesias ou cidades, usufruindo de condições diversas em termos de conforto (mais ou menos espaçosos, com maior ou menor quantidade de lugares sentados, mais ou menos ventilados e com melhor ou menor qualidade acústica), mas sempre preparados com empenho e carinho pelas direcções das respectivas instituições, muitas vezes apoiadas por outras pessoas das correspondentes comunidades. A possível incerteza quanto à existência de lugar onde se possa sentar poderá ser resolvida com a opção pela compra de bilhete para uma das salas que praticam a modalidade de ingresso pago (nalguns casos isto significa garantir algum conforto nos dias das actuações em troca do desconforto de longas esperas nas filas para as bilheteiras).
Mesmo em alguns dos espaços onde se vivencia o contexto mais tradicional pode optar por assistir às manifestações carnavalescas de uma forma mais tecnológica: através de um qualquer terminal (televisor ou ecrã gigante) de um circuito interno de vídeo, muitas vezes estrategicamente colocado no bar do salão, sociedade ou outro espaço recreativo, conforme o caso.
Dispensada, por opção voluntária ou imperativa, a presença física junto aos palcos onde actuam danças, bailinhos e comédias, muitas são as hipóteses de “interface” tecnológico que lhe permitem usufruir do típico Carnaval da “nossa terra”.
Várias são as estações de rádio e de televisão (dos Açores e da diáspora) que transmitem, geralmente em directo, algumas ou vastas horas deste espectáculo popular único. Assim, os tradicionais receptores de rádio bem como qualquer televisor servido por uma antena ou cabo que capte uma destas estações podem-lhe proporcionar muitíssimas gargalhadas (tanto de outros como suas).
Telemóveis, computadores e diversos outros dispositivos de comunicação pessoal devidamente equipados também lhe possibilitam receber sons e/ou imagens da folia carnavalesca tradicional da Terceira. As fontes tanto podem ser privadas (por exemplo, um amigo que opte pela vivência da festa “in loco” e que não se importe de a captar e transmitir) como de difusão massificada (estando nesta categoria as rádios e televisões de cariz tradicional que também difundem na internet e muitos espaços próprios e exclusivos do mundo cibernáutico).
Na rede mundial de difusão de conteúdos (world wide web) pode assistir a gravações vídeo em páginas regionais como a azorestv.com, a terceiraemfesta.com, a tvazores.com e a tv.azoresglobal.com, no portal nacional videos.sapo.pt e até no internacional e famosíssimo youtube.com. A horizonteacores.com oferece um completo arquivo dos programas áudio com as reportagens que desde o início de Janeiro apresentaram muitas das manifestações que estavam a ser preparadas para este Carnaval e também transmitirá em directo as mesmas, durante os quatro dias em que actuam. Igualmente com difusão em tempo real, a partir de diferentes palcos terceirenses, estarão as páginas tvazores.com, a tv.azoresglobal.com e raminho.org.
Neste mundo das tecnologias, caso único e interessante, pelo menos segundo o que conheço, é o de um Grupo de Carnaval dos Biscoitos que mantém na internet uma página oficial. Actualmente com o endereço biscoitinho.com e através do voluntário e autodidacta “webmaster” Henrique Rodrigues, em simultâneo membro do referido grupo, este espaço apresenta galerias de fotografias e vídeos dos seus bailinhos, complementados com dados sobre a sua origem e a sua história, que remonta a 1979.
Para além de tudo isto, ainda terá à sua disposição, “muito brevemente, num ponto de venda perto de si” a “oferta” (comercial) de dvd’s com uma ou mais danças, bailinhos ou comédias deste ano de 2009.
Independentemente do meio, local e tempo que possa escolher, não tenho dúvida que a coragem, a entrega, a boa-disposição e a arte protagonizadas pelos inúmeros intervenientes na criação, preparação e apresentação do ímpar carnaval terceirense, repleto de crítica, paródia, poesia, música e teatro popular, merecem a sua atenção.
Bom Carnaval!
2 comentários:
A festa continua a ser aquilo que era antes, embora com cada vez menos pessoas a aderirem ao espectáculo que é o Carnaval...As os Bailinhos é que mudaram...Estão cada vez mais exigentes com as pessoas...
Caro Anónimo:
Realmente o típico Carnaval terceirense está a evoluir.
Esperemos que o aumento da exigência seja sempre acompanhado pelo aumento da qualidade.
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