"Escultor de Sonhos
Com belos sonhos de amorUma estátua esculpi;Tinha a forma, o esplendor,O sublime que há em ti.Tão encantado fiqueiCom tamanha fantasiaQue em sonhos a coloqueiNo cimo da penedia.Mas o vento que soprouA rugir pelos espaçosMinha estátua derrubouE desfê-la em pedaços.O meu sonho, o meu inventoCom amor reconstruíMas, de novo, veio o ventoE para sempre o perdi."Eis o poema que dá nome a uma colectânea editada em 2002 por Gabriel Gonçalves.
Esta edição, que reune cerca de cem poemas, é o primeiro livro publicado por José Gabriel Gonçalves, natural dos Biscoitos (nascido na Canada do Caldeiro).
De acordo com Luís Rafael do Carmo, que prefacia a obra, este é "um livro que é de ler-se, meditar-se e sentir-se, porque é impossível não o partilhar com o autor." Na realidade, a leitura destes textos poéticos leva-nos a "sentir" o seu autor (pelo menos foi o que nos aconteceu). Uma das primeiras partes do livro, entitulada "Meu berço", apresenta-se como uma homenagem à sua terra natal, não deixando esquecido o "Meu jardim de verdelho à beira mar;/Biscoitos do Caldeiro ainda quente."
Acrescente-se que muitos dos textos incluídos nesta colectânea foram anteriormente premiados em concursos e/ou publicados em títulos da imprensa escrita.
Parabéns ao autor por esta interessante colectânea (e também pelo aniversário que hoje comemora).
6 comentários:
A poesia é uma linguagem misteriosa que penetrou na alma de Gabriel Gonçalves provocando as mais deliciosas emoções.
Desde tenra idade que Gabriel Gonçalves
embarcou para o país dos sonhos e com simplicidade e prudência os consolidou.
Há muito que procuro esta colectânea de poemas de Gabriel Gonçalves. Alguém me pode informar sobre onde a poderei adquirir?
Muito grata
mmariavaz@hotmail.com
Caros Daniel and Rose:
Agradecemos a vossa sugestão.
Cumprimentos.
Caro Anónimo:
Palavras de quem certamente conhecerá Gabriel Gonçalves de forma sólida.
Cara Maria:
Informamos que respondemos ao seu apelo através de correio electrónico.
Muito grata pelo seu cuidado. Finalmente consegui encontrar a colectânea num dia de consultas da Biblioteca Nacional. Confirmou-se o meu interesse. É nitidamente um poeta do amor que se não diz dizendo, ou o inverso, em que é Mestre, mais do que na evocação dos lugares e tempos. Pena ser tão pouco divulgado.
Um abraço
maria, que apreciou bastante a mudança de 'visual» do seu blogue
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