domingo, 15 de janeiro de 2006

Presença biscoitense no Rally Dakar



Foi através do Telejornal da RTP-Açores (14/Janeiro/2006) que constatamos que a freguesia dos Biscoitos também esteve presente no Rally Lisboa-Dakar que hoje termina.
A equipa de reportagem liderada por João Fernando Ramos, enviado da RTP, encontrou o terceirense Leandro Rosado, num momento de pausa da competição, a preparar um petisco, no caso um linguiça de fabrico terceirense, acompanhada do vinho biscoitense "Pedras de Lobo", produzido pelo senhor José Manuel Machado.
Não há dúvida de que o vinho biscoitense não tem fronteiras.
Informe-se que Leandro Rosado está nesta prova com a missão de apoio à única equipa açoriana que participa no Rally Lisboa-Dakar, constituída por Carlos Medeiros e Nuno Rosado (este último também terceirense e filho de Leandro Rosado).

25 comentários:

Fátima Silva 15/1/06 13:46  

Não há nada melhor para retemperar as forças do que um belo petisco. Melhor ainda se for uma saborosa linguiça assada regada por um excelente vinho (Pedras de Lobo). Um jantar de deuses além fronteiras.

Anónimo,  15/1/06 15:55  

As almas fortes irritam-se á vista dos obtáculos...
Os corpos do produtor-engarrafador José Machado de Sousa e do navegador Leandro Rosado,tem sido o melhor restaurante das fadigas do espírito e uma das suas alegrias o fruto da Verdelho dos Biscoitos.
Este Vinho "Pedras do Lobo" pelos vistos não é um "torna viagem"...pois foi e não volta!
Parabéns ao navegador Leandro e ao produtor José de Sousa, dois bons amigos e Confrades do Verdelho dos Biscoitos.
Saudações Báquicas.

Anónimo,  15/1/06 16:43  

" Pedras do Lobo


Amor à primeira vista
foi o vinho que bebi,
ao almoço dos "setenta
e um" tanto que decidi:


Branco, só se for Verdelho
dos Biscoitos, doravante,
pois branco tão bom não há,
hoje,como não houve antes.


Primeira surpresa, a cor
esmeralda desmaida
Com notas de ouro, à mistura,
Como o sol da madrugada.


Depois, o aroma salgado
e frio de pederneira,
de algas e maresia,
em sensação derradeira.


Na boca, seco e suave,
grave e espirituoso,
insinuante, pulido,
redondamente gostoso.


Enfim, um vinho de mesa
de entre os melhores, comprovo,
outro não podia ser,
senão o Pedras do Lobo.



Biscoitos,4-9-98


Oliveira Figueiredo*


Conceituado Provador de Vinhos.

Anónimo,  15/1/06 18:10  

Dez anos de notas, provas e pequenos apontamentos.
Abril 2003- Diário de Notícias
dnespecial


Beberes de Oliveira Figueiredo


(Em homenagem a Oliveira Figueiredo)

Na capa:

"Fomos à adega do tempo seleccionar quase uma centena dos melhores néctares que Oliveira Figueiredo andou semanalmente, e durante dez anos, a engarrafar nas páginas do Diário de Notícias.
Não foi tarefa fácil, porque além de alguma orientação cronológica houve preocupação de percorrer as diversas regiões vínicas do país."



Esta revista (caderno) na última página, a n.º 62, refere dois vinhos dos Açores, ambos dos Biscoitos, entre eles o "Pedras do Lobo":

"Açores:

Verde-alga. Mais do que os biscoitos vulcânicos entre os quais se mergulha cada cepa de verdelho,o que impressiona é a cor das delicadas algas recortadas. Chega até nós mais pelo aroma de fresca maresia do que pelo desmaiado tom esmeralda dourado num copo do melhor branco português"



Referindo-se ao "Pedras do Lobo"

"MÀXIMO EM BRANCOS


A surpresa foi tão grande e tão agradável que, sem hesitar, ainda a meio do copo o considerei o melhor do todos os brancos portugueses que já bebi. E nunca encontrei semelhante (perdoem-me os meus limitados conhecimentos) entre outros de vários continentes.Vi que não exagerei no apreço à primeira prova, porque à segunda e terceira ainda fiquei mais surpreendido..."


Oliveira Figueiredo entrevistado pelo jornal "A União" de 4 de Setembro de 1998, na primeira página:

Sensibilidade na vinha dos Biscoitos

"(...)Oliveira Figueiredo, pediu hoje aos governantes açorianos "sensibilidade para preservar a riqueza cultural e histórica" que constitui a zona vitivinícola dos Biscoitos.

Na página 3 do mesmo jornal:


"Verdelho dos Biscoitos é um NÉCTAR requintado."



(...)
" Seria lastimável a perda cultural do vinho verdelho, orgulho da Terceira e dos Açores, em detrimento dos interesses económicos da urbanização".


(...)
Para Mário Figueiredo, "as pessoas, cada vez mais, procuram no vinho um produto de qualidade, de requinte, como é o caso do verdelho dos Biscoitos que tem um sabor único".


no DNA,19.09.1998 Oliveira Figueiredo escreve:

" Defesa da vinha


A SALVAGUARDA DO PATRIMÓNIO natural e edificado característico da cultura da vinha dos Biscoitos, ilha Terceira, começa, finalmente, a tomar corpo com a criação de um grupo de trabalho para a delimitação geográfica da respectiva área. O objectivo é a sua «eventual classificação como Paisagem Protegida de Interesse Regional». Esta «resolução», n.º 150/98 de 25 de Junho, foi comunicada aos interessados, ao mesmo tempo, para uma primeira reunião na Secretaria Regional da Agricultura, Pescas e Ambiente, na Horta no dia 15. Congratulamo-nos com a iniciativa, pois pudemos verificar, com profunda mágoa, como já demasiadas construções estão a desfigurar aquela paisagem só repetida moutras ilhas do arquipélago dos Açores e também nas Canárias onde, aliás, goza de melhor saúde ambiental.A situação é reconhecida no preâmbulo da resolução 147/98, de 25 de Junho onde se lê: « O crescente movimento de particulares com vista à construção de edifícios na zona litoral dos Biscoitos, poderá pôr em causa a manutenção das condições naturais aí existentes». De facto, seria lamentável que , por incúria ou ganância, se deixasse de produzir um vinho único no mundo, seja o Verdelho licoroso, seja o Verdelho de mesa cuja produção é preciso incrementar, porventura demarcando Biscoitos também para VQPRD".

(Estamos já no ano de 2006!)

Anónimo,  15/1/06 19:01  

Eh pá não sabiam? Ficaram a saber os Biscoitos produzem vinhos sem igual.
Quem tiver reumatismo um Verdelho dos Biscoitos é uma boa pomada.
Também faz bem às vistas...para quem não quer ver.

Anónimo,  15/1/06 20:17  

Zé Machado o vinho também faz amigos como sabes.
Abraços dos teus companheiros: Bernardo,Pedro,Accursio,Otto e Adjuto.

José Aurélio Almeida 16/1/06 13:25  

Cara Fátima:
Realmente a satisfação de degustar o néctar biscoitense em terras remotas será, no mínimo, excelente.

José Aurélio Almeida 16/1/06 13:27  

Caro Senhor Luís Mendes Brum:
Muito obrigado pela sua ilustre visita.

José Aurélio Almeida 16/1/06 13:35  

Caro Discípulo de Baco:
Qualquer palavra de elogio a um vinho por Oliveira de Figueirido são de uma imensa importância.
A expressão através da forma poética, tão ricamente recheada de elogios, é algo de superior (tal como o próprio Pedras de Lobo).
Agradecemos a partilha do poema e das interessantes notas da imprensa, que mais uma vez comprovam a excelência da bedida em apreciação.
Parabéns ao produtos, senhor José Machado de Sousa.
Sobre a preservação do património relacionado com esta riqueza vínica, esta é mais uma significativa voz a afirmar a sua necessidade.
Pena que nada se saiba sobre frutos da anunciada criação de um grupo de trabalho para o efeito.

Anónimo,  16/1/06 19:52  

Notas de prova(de Oliveira Figueiredo )

"Pedras do Lobo"

Colheita: 1997
Origem :Biscoitos
Tipo :de mesa
Castas:Verdelho Branco/Roxo da Terceira
Cor:ouro - esmeralda desmaiada
Aroma:intenso de frutos tropicais com notas de algas e maresia e leve toque de fumado da madeira
Sabor: seco,cheio, suave, com equilibrada acidez, subtilmente espirituoso e insinuante, muito frutado favorecido pela madeira, de gosto persistente até mais não
Álcool: 12,5% vol. ou 98,60g/litro
Bebe-se fresco, como copo de convívio ou acompanhado de mariscos de gosto forte,variados pratos de peixe e até Alcatra,bem como de queijos
Produtor/engarrafador: José Manuel Mendonça Machado de Sousa- Carreirinha n.º 53, S. Bento- 9700 Angra do Heroísmo.

In DNA. 19/09/1998

Anónimo,  16/1/06 21:18  

Os frutos "passados", da resolução n.º 150/98 de 25 de Junho, aprovada em Conselho do Governo, Madalena,Pico,5 de Junho de 1998, devem estar, quiçá numa das gavetas da Direcção Regional do Ambiente.

José Aurélio Almeida 17/1/06 02:11  

Ao Amaro e Aos Amigos:
Obrigado pela visita e pelos comentários.

José Aurélio Almeida 17/1/06 02:12  

Caro Discípulo de Baco:
Obrigado por mais uma nota "de oiro".

José Aurélio Almeida 17/1/06 02:16  

Caro Enófilo:
Pois é!
Possuidores destas referências (às resoluções), prometemos investigar eventuais desenvolvimentos (passados) e questionar sobre a realidade actual destes processos.
Obrigado pelas dicas.

Anónimo,  17/1/06 10:08  

(...)
Conselho do Governo Regional, Angra do Heroroímo, 22,23 e 24 de Outubro de 1997

COMUNICADO


(...)

8. Aplicar medidas de protecção à Zona de Produção de Vinho Verdelho dos Biscoitos, desencandeando de imediato um processo legislativo nesse sentido.

In a União, terça - feira, 4 de Novembro de 1997, página 8

Saudações Enófilas

Anónimo,  17/1/06 10:37  

Olá Amigo Zé Manel gostei de ler as apreciações ao teu vinho.
Parabens também ao senhor Prof. José Aurélio pela actualidade e qualidade deste blog.

José Aurélio Almeida 17/1/06 13:16  

Caríssimo Enófilo:
Obrigado por mais esta útil dica.

José Aurélio Almeida 17/1/06 13:18  

Caro Antão:
Agradeço a visita e as suas simpáticas palavras.

Anónimo,  17/1/06 22:58  

Resolução n.º 150/98 de 25 de Junho

Caríssimo Senhor Professor José Aurélio Almeida, ainda os "frutos passados"...

1. A razão da criação de um grupo de trabalho multidisciplinar.

2. Resumo da 1.ª reunião realizada na Horta a 15 de Setembro de 1998.

In Boletim da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos-nº.3 ano 1998 página 8.

Pode consultar os mesmos na Biblioteca Pública e Arquivo de Angra do Heroísmo.
Sobre o mesmo assunto delegação do Ambiente em Angra do Heroísmo.

Com as melhores saudações enófilas

Anónimo,  18/1/06 20:01  

Olá José Manel disseram-me destas novas e cá vim ver. Gostei dos elogios e também de conhecer este blog que, talvez não por acaso, está muito bom. Parabéns para ti e também o seu director José Aurélio Almeida.

José Aurélio Almeida 18/1/06 22:21  

Cara/o Prisca:
Ficamos satisfeitos por ter apreciado este blog. Volte sempre.
O nosso agradecimento pelos parabéns.

Anónimo,  20/1/06 18:12  

Caros Amigos e Senhor Prof. José Aurélio Almeida,desculpem-me, mas não resisti a transcrever este "Padre Nosso":

"Padre Nosso dos lavradores:

Padre Nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós, grande abundância de cereais, vinhos e azeites; seja feita a vossa vontade aos que regam a terra com o suor do seu rosto assim no inverno como no verão; o pão nosso de cada ano nos dai em grande quantidade; perdoai-nos, assim como nós perdoamos os desperdícios dos governos;não nos deixeis cair na miséria e livrai-nos do «homem que faz citações» que é o pior bicho que se conhece.Amen."

José Aurélio Almeida 20/1/06 22:25  

Caro Sebastião:
Nem de desculpa precisa. Não resista e escreva/transcreva à sua vontade. Nós agradecemos.
Sobre o Padre Nosso:
Pedir produtividade agrícola, a benção para os que trabalham e o afastamento da miséria não será nada de mais (será até recomendado).
Pedir o perdão é acto próprio e adequado de quem assume o que faz menos bem ou até o que faz errado (concordamos plenamente); dar como exemplo e "contrapartida" para este perdão rogado o perdão nosso aos "desperdícios dos governos" merece reflexão: pela nossa parte achamos que os governos só devem ser perdoados pelos seus desperdícios quando os reconhecem publicamente (o que é raríssimo).

Anónimo,  22/1/06 14:47  

Utilidades da embriaguês


Segundo a opinião de vários filósofos a embriaguês é útil:

Para perder o tempo, o dinheiro e a vergonha.(Sócrates).

Para acabar com o lar, a sociedade e a pátria.(Sudermann).


Para que os filhos percam o respeito aos pais e o respeito a si próprios.(Carducci).


Para procurar amigos e encontar inimigos.(Catao).

Para desanimar no trabalho.(A.Seawar).


Para pertubar o corpo, perverter os sentimentos nobres e destruir as faculdades mentais.(Francisco I).


Para fazer papéis ridículos e cometer toda a sorte de vulgaridades(Bismark).


Para pedir fiado um copo de rum, quando não se tem coragem de pedir pão para os seus filhos.(Carlos V).


Para zombrar dos que não têm dívidas.(Xisto I).


Para que bebam com inteligência Vinho de Verdelho ou de outras castas tradicionais dos Biscoitos.

José Aurélio Almeida 22/1/06 23:09  

Caro Enófilo:
As utilidades apresentadas, sendo verdadeiras, serão pouco ou nada necessárias a quem tiver um mínimo de bom senso.
Na verdade o vinho deve ser bebido com inteligência e prudência.
Quanto mais valiosos são os tesouros (verdelho incluído) mais respeito e moderação exigem. Temos que usufruir das suas virtudes e não nos escravizarmos à conta de uma má utilização.

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