segunda-feira, 14 de maio de 2007

Estórias de uma Academia

A pedido do respectivo autor, publicamos de seguida um artigo de opinião que recebemos recentemente:

"A convite de um amigo entrei no início da época 2005-2006 na Academia Desportiva da Casa do Povo dos Biscoitos, como director e com o intuito de ajudar. A meio da época foi me pedido que treinasse os Juniores E (Escolinhas). Apesar de na altura não ter o curso de Treinador, modéstia à parte, ajudei com o meu trabalho e a minha dedicação a conseguir um Segundo lugar no Campeonato da Ilha Terceira e a vencer o torneio de Escolinhas do S. C. Angrense. Além do mais passei a ser sempre o delegado ao jogo nos Juniores D (Infantis), e em muitos casos também nos juniores C (Iniciados). Uma temporada em que aprendi muito, e muito agradeço, fundamentalmente ao João Aguiar, por isso.
Depois de, neste verão, tirar o Curso de Treinador de Futebol de Nível I, com outro colega da Academia, assumi o comando dos Juniores E. Com o abandono do treinador dos Infantis, ainda antes de realizar qualquer jogo oficial, também passei a treinar os Juniores D, a dada altura fui também “forçado” a treinar a equipa de Futsal feminino, até encontrar alguém disposto a substituir-me nesse cargo.
Ao longo da época nunca dispus de mais do que 9 escolinhas e igual número de infantis. Cheguei inclusive a ter apenas 3 Infantis para jogar, no meio de castigos dos pais, doenças e birras, pelo que tive na maior parte das vezes de jogar nos Infantis com uma equipa quase totalmente composta por escolinhas. É obvio que estes miúdos obrigados a jogar dois jogos por fim-de-semana não podem ter rendimento igual.
No meio de tudo isto ao abandonar, por minha iniciativa a Academia (decisão absolutamente irreversível enquanto houver determinada pessoa na direcção do clube) deixei as Escolinhas em quarto lugar, num total de 14 equipas, e os Infantis em nono, num total de 13 equipas.
Conclusão de um ilustríssimo “director”: o trabalho estava a ser malfeito. Até porque o seu filho não era sempre titular e nem sempre jogava o jogo todo, mesmo que para isso não fosse preciso ao filho deste “senhor” “director” treinar com a mesma assiduidade e entrega dos outros! (Sim as aspas são propositadas, porque este individuo nunca foi um senhor, e dentro da Academia nunca fez o mínimo para poder sequer ser considerado director, por muito que se considere dono da casa do Povo e do Clube).
Podia-me alongar, até porque muito mais havia a dizer, porém não quero utilizar este espaço para me pronunciar em linguagem menos própria, até porque me prezo de ser sério e bem educado, no entanto a pessoa a que me dirijo, não sendo nem uma nem outra coisa, certamente entenderá o que quero dizer.
Acrescente-se, porque é de grande relevância, que nunca ganhei um único cêntimo, nem como Director nem como Treinador.
PS: Aos jovens da Academia, aos meus colegas João e Luís, ao Vítor, ao Carlos Simas, que sempre me ajudou e apoiou, e à restante direcção da Academia desejo a maior sorte. Que isto fique bem claro.
Nuno Luís"

5 comentários:

Anónimo,  14/5/07 17:56  

Grande NUNO, no seu melhor!

Sair pela porta grande com carimbo de missão cumprida e não rebaixar-se a "pressões" menos dignas; é de mestre!

Força Bizko!

Abraço

Anónimo,  14/5/07 21:18  

Há um "MEME" no meu blog para este blog. Que siga a corrente.

Anónimo,  14/5/07 22:31  

É muito importante quando estámos a dar o nosso melhor num trabalho que estámos a fazer decorrer sem receber nada em troca...O Pior de tudo é quando alguém nao reconhece o nosso trabalho...
Grande Nuno...Fika bem

Anónimo,  5/6/07 21:34  

Coisa de meninos...

Anónimo,  6/6/07 17:51  

Falta de coragem de adultos...

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