quinta-feira, 28 de setembro de 2006
Em Fevereiro passado vários órgãos de comunicação social noticiaram que o Grão-Mestre da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos, Jácome de Bruges, na altura recém-eleito, defendeu a extinção da CVRAçores - Comissão Vitivinícola Regional dos Açores, alegando que esta entidade “não defende a paisagem da cultura da vinha”.
Segundo o Diário Insular (DI) (14/Fevereiro/2006), "Jácome de Bruges disse à Agência Lusa que o presidente da CVR-Açores, Manuel Serpa, “deu uma infeliz entrevista a uma revista da especialidade, que ajuda a reforçar a ideia de que, para ele, apenas existe o vinho do Pico”. O novo grão-mestre alega que a intervenção deixa entender uma posição “de condenação da paisagem característica da cultura da vinha dos Biscoitos”."
Ainda de acordo com o DI, "Jácome de Bruges argumentou que a certificação dos vinhos deve ser assegurada pelas confrarias existentes nas três zonas vitivinícolas reconhecidas, Biscoitos, Pico e Graciosa. No país, acrescentou, está prevista a extinção das comissões vitivinícolas e a passagem da responsabilidade da certificação dos vinhos para os produtores privados. Segundo disse, “os custos da entidade certificadora seriam muito menores e evitar-se-iam conflitos entre as ilhas produtoras, garantindo-se a qualidade de certificação que actualmente pode ser posta em causa”. As dúvidas, refere Jácome de Bruges, levantam-se no campo da ética, uma vez que, “em alguns casos, são os próprios enólogos das adegas com vinhos candidatos à certificação que fazem parte da Câmara de Provadores”.
Os novos responsáveis da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos pretendem relançar o papel da instituição, através da organização de um encontro das confrarias báquicas e gastronómicas do arquipélago. Pretende igualmente fomentar um programa, envolvendo médicos, enólogos, estabelecimentos de ensino e agentes económicos, no sentido de “ensinar os jovens a beber moderadamente e a escolher um bom vinho que possa ser um aliado da alimentação”."
Três dias mais tarde o Diário Insular (17/Fevereiro/2006) noticiou que o Presidente da CVRAçores, Manuel Serpa, recusa a crítica da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos de privilegiar o Pico.
"Em comunicado, o presidente da CVR sustenta que não cabe àquela entidade propor a classificação de paisagens nem emitir pareceres sobre a salvaguarda e integridade do Património, esclarecendo que as suas considerações positivas sobre a vinha do Pico tecidas à imprensa respondiam a uma pergunta concreta de uma jornalista, o que não significa que não goste ou condene a dos Biscoitos. Quanto à promoção, afirma que em todas as acções estiveram todos os vinhos certificados dos Açores disponíveis. Manuel Serpa afirma ainda que a CVR Açores não será extinta, apesar da legislação nacional que prevê a redução deste tipo de estruturas no país, até porque na Região é a única estrutura do género. (...) Lembra que a CVR é um organismo privado que alberga representantes das cooperativas vitivinícolas e das associações agrícolas da Graciosa, Pico e Terceira, não entendendo a alusão a privados da CVVB. Manuel Serpa refere ainda que o orçamento da CVR Açores é “transparente” e que não privilegia ninguém “porque simplesmente não tem verbas para isso”(...)".
Nota: Só agora damos nota deste assunto visto que perdemos os dados em causa aquando de problemas técnicos que sofremos (em Abril e Maio) e só recentemente recolhemos de novo estas informações.
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35 comentários:
Interessante a entrevista do produtor "jose Manuel Machado na Saber Açores II", também neste Blog.
E CVR-Açores 12/2995, tamém neste blog.
A C.V.R.-A não têm nada a ver com a vinha?Como é que certificam os vinhos nas ilhas? Não me digam que não há um cadastro vitícola?
Não têm a ver com a vinha...ah! ah!...
Já para não falar do que a CVR tem feito para prejudicar a Graciosa e os produtores Graciosenses.
Uma vergonha que merece ser denunciada para que não inventem mais sobre as qualidades que o Pico tem para produzir um VQPRD que nunca produziu. Agradeãm também aquele sr. que tá todas as manhãs na Antena 1... assim nunca lá chegaremos!
Falta a resposta da Confraria publicada nos jornais da Região Autónoma e no continente.
Já agora para ficar completo.
Mais dicas
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"saber açores" e
CVR-açores
Diário Insular 20 de Julho de 2006
Vinhos
O funcionamento do sector público do vinho nos Açores vai manter-se"tal como está, independentemente da legislação nacional que propõe alterações nas entidades certificadoras e comissões vitivinícolas"(CVRs), assegurou ontem o secretário regional da agricultura e florestas.
Noé Rdrigues sustentou que "a comissão vitivinícola açoriana foi criada por um diploma regional", uma vez que a área que regula" não é de interesse específico da República" e, por isso, "a nova legislação não tem aplicação no arquipélago".
O ministro da agricultura, Jaime Silva, anunciou terça-feira em Bruxelas uma reforma da administração pública para o sector do vinho que contempla a redução, para metade, das entidades certificadoras e a "saída" do Estado das comissões vitivinícolas.
Segundo o secretário regional do sector,"não há intenção de criar mais nenhuma entidade certificadora, para além da que existe no âmbito da CVR-Açores".
Apesar dos protestos de alguns produtores individuais e cooperativas reivindicarem a criação de novas entidades certificadoras,Noé Rodrigues,"a quantidade de vinho que a região produz-dois milhões de litros na campanha 2005/2006- não justifica a criação de novas entidades certificadoresuma vez que "a região iria perder em consistência e rigor".
De acordo com o responsável,"o governo vai continuar a disponibilizar meios para a CVR-Açores melhorar na sua actualização, intervenção junto da produção e na qualidade através da inovação".
CVR-A associação privada, chefiada por um elemento escolhido pelo governo?
Tudo anónimus...
Porque será?
Verdadeiro esse pensamento,com pergunta e resposta em simultânio.Na verdade, as aves tem uma linguagem própria, pela qual se compreendem e vivem em sociedade.
Coral
O esforço comum dos produtores em favor da qualidade e autenticidade implica alguns deveres por parte do consumidor, que deve educar o seu gosto ao nível do estatuto do Vinho e, assim, recusar a estandardização dos gostos. A personalidade de um vinho exige tanto do consumidor como qualquer pessoa exige de outra.O grande vinho, dotado de carácter e de personalidade, faz jus ao carácter e à personalidade daquele que o bebe.
Bacos 21
Concordo com o Caro Baco 21.
Também o consumidor tem o direito de esperar muito das câmaras de provadores, mas deve procurar o contacto com o produtor, pedir-lhe uma explicação, eventualmente ir vê-lo à sua vinha. O progresso no conhecimento do vinho comporta, da parte do consumidor, uma certa partilha do risco com o produtor.
Sem dúvida que as organizações "profissionais" e as privadas, como as confrarias báquicas,devem fazer um esforço constante no sentido de levar o consumidor, desde a escola, a saber distinguir o culto do Vinho, do alcoolismo, bem como a apreciar o papel importante do vinho na saúde e no bem - estar do homem,em determinadas condições.
Compete às CVRs, principalmente à do Arquipélago dos Açores manter um diálogo frequente com todos os produtores, evitar divisionismos entre os mesmos e conhecer a realidade de cada região vitícola dos Açores,para melhor desempenhar o seu estatuto...
Por consequência, convém que as Confrarias Báquicas Açorianas se tornem parceiras dos organismos ligados ao sector , que pelas dificuldades e carências que a C.V.R.- Açores nos mostra, poderá efectivamente as associações báquicas actualizarem-se e certificarem os vinhos candidatos da sua região, como já acontece com a Confraria do Queijo S.Jorge.
Certas teimosias,eventualmente por desconhecimentoou falta de tacto,tira o livre direito do produtor escolher quem o representa.Assim,não passaremos da cepa torta...
Osíris
Associar as diferentes expressões da cultura da vinha e do vinho à problemática do desenvolvimento regional, não só económico mas também social e cultural, é um dos principais propósitos da Assembleia da Regiões Europeias Vitícolas.Tal ligação foi o elemento essencial de caracterização da sua atitude perante os diversos parceiros europeus e comunitários, ao longo dos cerca de dez anos da sua existência. Mas foi ainda o factor distintivo que mais enfatizou a forma de abordagem das questões específicas que se colocam à evolução da enologia e da viticultura do velho continente, face nomeadamente às produções sem restrições que não cessam de crescer em países terceiros.
Numa economia cada vez mais globalizada e aberta, não se anticipam tempos fáceis para uma actividade que não pode dispensar uma forte incorporação de mão de obra rural, atenta e portadora de sabedoria tradicional. A mecanização é por vezes muito difícil e nem sempre compatível com a manutenção de práticas culturais que é indispensável salvaguardar, por consagrarem expressões de tipicidade singular e secular.
A viticultura é muitas vezes uma actividade económica sem fácil alternativa de substituição, contribuindo para a manutenção de belas e vivas paisagens culturais, que são importante património europeu e que também permitem sustentar outras actividades geradoras de emprego e riqueza como seja o turismo e lazer.
Não obstante, a construção de uma Europa cada vez mais unificada, reclama um crescente esforço por regular as suas organizações de mercado, as quais, no caso da vinha e do vinho, terão de garantir a preservação da riqueza e diversidade das suas diferentes manifestações regionais.
Luís Braga da Cruz
Presidente da AREV, Assembleia da Regiões Europeias Vitícolas 1998-2000in aspects de la politique vitinicole des regions d' europe,p 95-96.
Nota: Proteger a paisagem viticola dos Biscoitos (da Ilha Terceira)...oh, sr. representante do governo na CVR-Açores.
Moloch
A Vinha e o Vinho
(...)
Na Bíblia, após a descida das águas do dilúvio,Noé (não o secretário da agricultura e pescas dos Açores)apressa-se a enterrar as varas da vinha que trouxera nas terras outrora estéreis e agora encharcadas e úberes.E será pelas varas que a vinha silvestre -liana robusta que sobe pelas árvores- é domesticada há cerca de 8 000 anos no Cáucaso meridional, entre a Turquia, a Arménia e o Irão de hoje. Mas só em Creta Dionísio espreme o cacho, cujo suco fermentado beberá em vaso de oiro. E o vinho subjugará Grécia e Roma.
Os Persas levam-no até à Índia. A rota das caravanas atá à China. No Novo Mundo as varas da vinha brava salvarão, no último suspiro do século XIX, as vinhas arrasadas pela filoxera, e que ao longo de milénios a agricultura do Neolítico afeiçoara.
Mas o vinho antigo era espesso e conservava-se em potes nos sobrados. Cortava-se com água para se poder beber. Só mais tarde descerá às caves, com as invasões do Norte barbarizado em cerveja, mas em tonéis que as abadias da baixa Idade Média utilizarão para o envelhecer nas caves dos "mosteiros", proporcionando os vinhos que hoje conhecemos fortemente impregnados pelo "terroir"-a região demarcada- em que a implantação imprime à vinha as suas castas e ao vinho,fragâncias, cores, transparências, sabores mastigados e de estralo, álcoois, conjugações gastronómicas e ebriedades muitas.
Serão os moges beneditinos e os de Cister que à beira da floresta negra cervejícola criarão, para o apanágio dos senhores e principes da Igreja, os vinhos e a viticultura que conhecemos a partir de tonéis da Gália e da Saxónia. A mesa, a etiqueta, o festim gastronómico que ainda hoje perdura, começa a sua história moderna precisamente com os Duques de Borgonha e, desde então, e no mundo inteiro, o vinho será considerado como sinal essencial de uma cultura sifisticada.
Ao contrário dos preconceitos vulgares contra o vinho dionisíaco, desestabilizador da razão grega e que surgira entre o mar Negro e o Golfo Pérsico, para ser miticamente recolhido em Creta no vaso de Dionísio, esse vinho era já para os primeiros filósofos um elixir cuja virtude inspirava a alma preservando a saúde e as forças do corpo.
In Vinhos e cockails -F.m.palma.d
A escolha certa de um vinho e o saber servi-lo correctamente têm um importância decisiva no êxito de um refeição.Esta magnífica bebida proporciona sempre, ao redor de uma mesa, as mais animadas conversas, porque o saber apreciar um vinho constiui, só por si, uma arte.
Ísis
esta citação da biblia deve ter origem num certo ex-seminarista de pouca vocação de pastor de homens e nenhuma vocação vínicola!
Jornal a União de 27 de Abril de 2004,página 5 a toda a largura, com chamada na 1.ª página
Reportagem de Humberta Augusto
Conclusões do Simpósio Báquico Gastronómico
Confrarias na certificação dos produtos locais
Uma das principais conclusões do I Simpósio das Confrarias Báquicas e Gastronómicas de Portugal, que decorreu na ilha Terceira na semana passada, aponta para a importância das Confrarias não só no papel tradicional da valorização e divulgação dos produtos tradicionais, como no próprio processo de certificação destes.
(...)
Uma interessante reportagem...
Vindimário
Olha,olha os produtores da Região Demarcada Graciosa! UH!?
UVA
A propósito desta história da CVR, quem é a CVR?, alguém sabe o curriculum dos senhores da CVR? o que é que já fizeram? quem são? Talvez nestas respostas encontrem o nucleo do problema!!
Ainda mais se olharmos para a noticia do acordo com o MIT e as universidades Portuguesas(algumas)a pensar na EXCELÊNCIA. no´s pos cá vamos gastar 500 mil euros num mamarracho enológico no Pico, com utilidade apenas para os produtores daquela ilha, quando na Terceira e na Graciosa e S. Miguel nem sequer há pequenos laboratórios enológicos dessa CVR. Aliás essa CVR devia mudar o nome para CVP if you know what i mean!!!
Paqê umá CI VU ER nus Açores? 2.º o Diário Insular de 15 Setembro 06
diz na 1.ª coluna qui as adegas cooperativas duz Açores tem um só patrão o governo regional!?Está tudo dito?!Senão estavam já falidas...
É apenas um modo mais deste Governo manter as fachadas de quem se diz atento. Mentira, é tudo pra enganar o povinho que anda mais preocupado com o futebol e um tacho para os filhos!
Não acordem a tempo e vão ver o que se segue.
"Uma região demarcada não é uma dádiva da natureza, é antes o domínio da natureza pelos homens.
Os vinhos actuais são essencialmente fruto do homem, da constante melhoria das técnicas de vinificação, selecção das castas e da adaptação às exigências dos consumidores.
Em última análise são estes últimos que determinam, no longo prazo, o que se produz e o que deixará de se produzir.
Região demarcada é também oportunidade de mercado, é uma forma de fugir à vulgaridade, ao colectivo, é um apelo à individualidade e criatividade.
Mas não chega ser região demarcada, é necessário merecê-la.As novas regiões portuguesas não são mais que a hipótese, o pronúncio do que poderão vir a ser. Até lá é um longo caminho a percorrer.
Temos chão(nos Açores de basalto bem negro só junto do mar,não temos sol),mas temos vinha;faltam os meios, a técnica e sobretudo a organização...
Raramente imparcial, o Estado esteve quase sempre na gestão dos conflitos entre as diversas regiões por um lado, entre produtores e comerciantes por outro, ora protegendo uns, ora incentivando outros,sem nunca perder de vista os seus próprios interesses.Hoje, a integração no espaço comunitário europeu conduziu a uma perda de protagonismo das instâncias nacionais. Os grupos de pressão são agora muito mais fortes, passando-se do conflito entre regiões para conflitos entre países ou grupos de países".
In uma imagem do vinho-Regiões Demarcadas em Portugal -Orlando Simões.p.55
As comissões vitivinícolas regionais:
"A lei quadro de 1985 cria uma nova filosofia na coordenação das regiões vitícolas:
«O estatuto da região demarcada providenciará a constituição e organização de uma Comissão Vitivinícola Regional». Esta é composta por um Concelho Geral, ao qual caberá a definição das principais linhas orientadoras para a região, com uma composição paritária da lavoura e comércio, cabendo ao único representante do Estado o papel de último decisor apenas em caso de empate. Por seu lado a Comissão Executiva presidida pelo representante do Estado e composta por um representante da lavoura e comércio,compete assegurar a gestão corrente da Comissão e demais requisitos para o seu bom funcionamento.
Juridicamente volta-se a um tipo de associação de direito privado, e a ele exclusivamente subordinado, tal como as que existiam no início do século (passado).Aprincipal diferença encontra-se na actual representatividade tripartida, enquanto que as comissões de Viticultura Regional do início do século (passado) contavam apenas viticultores".
In imagem do vinho p,53-54
Pluvioso
Pois é, à CVR Açores só falta quem saiba qualquer coisinha de vinho e de castas!
Ass: F D A
O novo laboratorio do Pico, com a ajuda de alguma iluminada da universidade dos Açores, vai arrasar a Comunidade Europeia e descobrir que o vinho de cheiro afinal faz bem à saúde. Com teorias que são motivo de gargalhada geral na comunidade vinica nacional(de tal modo que nem chegam a ser estudas lá fora, tal a falta de rigor cientifico), vão manter-se firmes e produzir vinho, não de Czares, mas dos Deuses do Olimpo!
"Em Portugal pretendeu-se fazer uma distinção entre as antigas regiões demarcadas, com provas dadas no mercado nacional e internacional, e as novas demarcações implementadas no novo espírito comunitário.Assim, às regiões demarcadas no início do século (passado), mais as primeiras demarcações dos anos oitenta, foi reservado o termo Denominacão de Origem Controlada(DOC).Às novas demarcações posteriores a 1988 aplica-se o termo Indicação de Proveniência Regulamentada(IPR).
A diferença entre estas duas designações não refletem mais que o prestígio reconhecido às antigas regiões. As exigências legais e o rigor do controle de qualidade é idêntico em todas as demarcações.Uma IPR não é mais que uma etapa que uma região deverá cumprir afim de mostrar a sua real valia e poder competir em pé de igualdade com as regiões tradicionais, o que poderá suceder depois de cumpridos cinco anos de bom comportamento no estatuto de IPR.
In Uma imagem do vinho-Orlando Simões.p,53
Pluvioso
Nunca é demais lembrar que uma confraria báquica, como a do Verdelho dos Biscoitos, é uma associação privada,constituída por enófilos(Amigos do Vinho), sem fins lucrativos e sem representante do Estado.
Não é produtora de vinho, nem é uma associação de produtores como muito boa gente, por ignorância ,julga.
Amigo Pluvioso, estais no campo do saber "uma imagem do vinho", mas se quiserdes galhofar embarca no campo da fantasia e da ambiguidade como é exemplo na revista "NECTAR", pag 34/35 e 99/100 onde se diz: "Neste momento......... há já alguns anos...", que é como quem afirma "ontem vão ser".
Ou então, navegando noutras águas que não as do saber experimente as da VERDADE da HONESTIDADE e sobretudo REALIDADE, embarque pois na "breve resenha histórica sobre a vinha e o vinho do Pico"via Jornal Ilha Maior ou em http://aaalhorta.no.sapo.pt/Paisagem%20cultural%20da%20vinha%20da%20ilha%20do%20Pico.pdf onde se lê: "Introdução
Chamo-me Fernando Machado Joaquim, nasci na ilha do Pico, no concelho e freguesia da
Madalena.
A minha família está ligada ao cultivo da vinha e à produção do vinho verdelho à mais de um
século.
Só encontro esta a razão para que o senhor professor Henrique Barreiros se tenha lembrado da
minha pessoa para falar sobre a vinha e o vinho do Pico.
Tenho plena consciência que serei seguramente a pessoa menos indicada para falar sobre o
tema, pois não sou nem nunca fui um estudioso da matéria, mas apenas alguém que nasceu e
viveu no meio das vinhas e do vinho.
Não quero nem pretendo fazer a historia da família, apenas julgo de algum interesse referir, que
sendo o meu avô natural das lajes do Pico, adquiriu na década de 80 do século XIX, à celebre
família Dabney, uma das suas 2 propriedades que possuía na ilha do Pico, situada esta na zona
da Barca com uma área de cerca de 200 alqueires e na qual ele deu inicio à sua produção de
vinho verdelho.
Mais tarde adquiriu outra propriedade situada na zona do Carmo, que pertencia primitivamente
à Congregação Religiosa dos Frades Carmelitas e que também em parte produzia vinho
verdelho.
Desta propriedade foi desanexada recentemente a casa conventual, o armazém com alambiques
e lagares e uma pequena faixa de terreno cultivado de vinha branca, o que constitui actualmente
o Museu do Vinho da Ilha do Pico.
Embora considere que seria interessante contar um pouco da história destas propriedades
ligadas à produção do vinho do Pico, julgo não ser oportuno faze-lo, pois não os quero maçar
demasiado sobre o tema."
Concluindo: "Na minha modesta opinião, o futuro do vinho tipo verdelho produzido na ilha do Pico, apresenta-se
pouco risonho por varias razões:
1- A manutenção das vinhas do tipo original é extremamente trabalhosa e a pouca mão-deobra
existente e o seu elevado custo, torna a manutenção deste tipo de produção
praticamente inviável.
2- O aumento significativo da vegetação e a existência de maior quantidade de terra sobre o
manto de lava, conduziram ao aumento do grau de humidade, a que se acresce a
instabilidade do tempo, principalmente nas épocas de verão, fazendo com que as uvas
produzidas nunca atinjam o teor alcoólico que anteriormente se verificava, mesmo nas zonas
ainda privilegiada como seja a zona do Lajido da Criação Velha, e todos nós sabemos que o
bom vinho se faz principalmente na videira.
3- A juventude de hoje está muito pouco interessada em dedicar-se ao cultivo das vinhas,
pelo que, na minha perspectiva, o vinho do tipo verdelho, tão afamado que foi, tende a
acabar."
Pena que este blog não possa fazer este post manter-se por mais tempo na frente da página, talvez algumas das coisas que por aqui se têm dito viessem a embater no frontespicio de quem tudo ignora e nada conhece!
A CVR Açores está para a viticultura como uma Alice no país das maravilhas.
Senão vejam o gráfico de produções declaradas em http://www.cvracores.pt/imagens/grafico2.gif
e pergunto: alguém acredita que a produção em 2004/2005 em VLQPRD e VQPRD foi de 200000 litros e 100000 litros respectivamente?
Caro Amigo do sr. Pluvioso.
Veja o exemplo do vinho Lagido, é um vinho que NÃO É verdelho e não tem GRAU, mas junta-se-lhe aguardente e, dizem, faz-se um VLQPRD. Depois publicita-se a coisa, tipo "Este VLQPRD.... é um descendente directo do famoso verdelho..." veja em Revista "Câmaras Municipais" 6ª Edição, pag. 31.
A isto, é bom não ter dúvidas, chama-se PUBLICIDADE ENGANOSA,e era também bom que os que continuam a não querer ver, tivessem atenção ao que de facto se está a passar.
É caso para dizer: PAU QUE NASCE TORTO, TARDE OU NUNCA SE ENDIREITA.
A Imagem do Vinho por Mário Vaz:
"A utilização da palavra vinho de forma lata,pressupõe que encaramos o vinho como algo mais do que um simples líquido ingerível, isto é, o vinho tem nas civilizações mediterrânicas, quando não noutras, uma identidade, um lugar no léxico mínimo, e por isso uma história, uma geografia, uma filosofia autónomas.
Não há, numa cultura, lugar para muitas entidades destas, e quando mais avançamos na produção de objectivos, sistemas e mecanismos de adaptação e conforto, mais estas entidades milenares se distiguem pela sua idade, pela sua perenidade, pela sua intemporalidade.
O vinho viu nascer e morrer culturas e civilizações, viu morrer e nascer religiões e ideologias, e permanece um personagem familiar".
(...)
Depois de ver os números da CVR Açores quanto às produções de VLQPRD EVQPRD no ano de 2004/2005, custa-me a acreditar, e não acreditava se me dissessem, que os senhores que fazem parte do Conselho Geral daquela instituição são os mesmos que fazem parte da Comissão Executiva, mas é o que consta do Organigrama.
É absolutamente escandaloso e repudiante, e tirem daqui as devidas ilacções.
A isto apenas direi, humoristicamente como alguns dos comentadores deste blog, que: O TEMPO VOLTOU PARA TRÁS.
Parece impossível! E também me custa a acreditar que Cesar conheça esta situação, mas devo dizer: se ele conhece, então olhe....
BOM PROVEITO!
Ex.mo Anonymous, é fácil tirar algumas ilações, desde logo, e principalmente esta:
ACABAR COM AS VINHAS NAS RESTANTES ILHAS E PÔR TODOS OS AÇOREANOS A PAGAR PARA SE FAZEREM VINHAS NA ZONA CLASSIFICADA DO PICO.
Na história recente da vitivinicultura dos Açores é tudo demasiadamente OPACO e, não raras vezes, com atitudes arrogantes e saloias.
Nas conclusões da "reunião do sector vitivinicola" realizada em 16 e 17 de Abril de 2002 sob a égide da Direcção Regional do Desenvolvimento Agrário, diz-se o seguinte:
"relativamente à CVR Açores destacou-se a necessidade de: INCLUIR NESTA COMISSÂO PRODUTORES INDIVIDUAIS" Pag 2
Até hoje não se vê NENHUM dos produtores individuais que assinaram a lista de participantes a fazer parte da CVR Açores.
Deste modo, o Presidente da CVR domina por completo os destinos daquela instituição, quando desde Abril de 2002 já devia ter a ombridade de proceder conforme os estatutos e convidar um ou mais produtores individuais.
Enfim, permanece tudo numa confusão certificada.
Por outro lado, a intervenção do Sr. Deputado Jaime Jorge (que é simultaneamente Presidente da Cooperativa Vitivinicola da Ilha do Pico) na Assembleia Regional em que vem pedir ao Governo para ajudar aquela aquela cooperativa com base em números e afirmações completamente irreais: "Escusado será dizer que dentro de dois a três anos toda a área (43,4 HA) estará a atingir a maturidade produtiva, entrando de seguida em ciclo de plena produção podendo na sua totalidade atingir os 200 a 300 mil litros de vinho em cada ano" (sessão plenária de Março de 2005). Também menciona as castas que iriam originar aquelas produções, esqueceu-se foi de dizer que algumas dessas castas não possuem qualidade enológica conforme se pode ler na revista "O Escanção" n.º 56 Pag. 28
Enfim, estes senhores a produzir ou a certificar mesmo que seja para acontecer o mesmo que ao Lagido, ignorando por completo o que possa estar a passar-se nas outras ilhas, ainda que a população dessas ilhas esteja a pagar para se fazer vinho (bom ou mau, tanto lhes faz) no "Património Mundial da paisagem protegida da cultura da vinha da Ilha do Pico"
Acresce a isto que o vinho, o BOM vinho, faz-se com boas castas e não há laboratório, por mais sofisticado e CARO que seja, que consiga fazer o contrário, nem por milagre.
Já agora, importava saber e apurar as consequências se um viticultor for aconselhado pelos serviços oficiais a plantar vinhas de castas sem qualidade enológica, o que poderá vir a suceder!!!
Na Lisboa do antigamente diziam que um armazenista de vinhos à beira Tejo afirmava que "ATÉ de Uvas" fazia VINHO!!!
Dos estatutos da CVR-Açores
Art.9.º - 1 - O rendimento máximo por hectare das vinhas destinadas aos vinhos de denominação VLQPRD é fixado em 50 hl.
3- No caso de a produção exceder o quantitativo fixado, não pode ser utilizada a denominação para a totalidade da colheita,salvo em anos de produção excepcional,em que o I.V.V., sob proposta da CVR-Açores, estabelecerá o limite de produção com direito à utilização da denominação e o destino da produção excedentária.
Frutidor
Quanto aos vinhos de denominação VQPRD( vinhos regional Açores, incluido?), o rendimento máximo por hectare é fixado em 70 hl.
Idem
c're'homes por via do terral ira-má cu foucho...à macaco cinzão q'nus vigia.
Resposta da CVVB
A Propósito da CVR Açores
18 /Fevereiro/2006
Diário Insular:
http://WWW.diarioinsular.com/noticias/imprimir.php?edicao=6_18_Fevereiro_2006&...
(errado,não?)
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